Friday, November 30, 2007

ROLL THE DICE

If you’re going to try,
go all the way.
otherwise, don’t even start.if you’re going to try, go all the way.
this could mean losing girlfriends,
wives, relatives, jobs and
maybe your mind.go all the way.
it could mean not eating for 3 or 4 days.
it could mean freezing on a
park bench
.
it could mean jail,
it could mean derision,
mockery,
isolation.
isolation is the gift,
all the others are a test of your
endurance, of
how much you really want to
do it.
and you’ll do it
despite rejection and the worst odds
and it will be better than
anything else
you can imagine.if you’re going to try,
go all the way.
there is no other feeling like
that.
you will be alone with the gods
and the nights will flame with
fire.do it, do it, do it.
do it.all the way
all the way.you will ride life straight to
perfect laughter, it's
the only good fight
there is
.
Bukowski

Sunday, November 25, 2007

Assim,

Começou assim
Uma coisa sem graça
Coisa boba que passa
Que ninguém percebeu

Assim,

Depois ficou assim
Quiz fazer um carinho,
Receber um carinho,
E você percebeu

Fez-se uma pausa no tempo


Cessou todo meu pensamento
E como acontece uma flor
Também acontece o amor

Assim,

Sucedeu assim,
E foi tão de repente
Que a cabeça da gente
Virou só coração
Não poderia supor
Que o amor nos pudesse prender,
Abriu-se em meu peito um vulcão
E nasceu a paixão

Sucedeu Assim - Tom Jobim

Monday, November 19, 2007

"Efectivamente, temer a morte, Atenienses, não é mais que julgar ser sábio, sem o ser, porque é imaginar que se sabe o que não se sabe. É que ninguém sabe o que é a morte nem se, por acaso, ela será para o homem o maior dos bens. Mas temem-na como se soubessem com segurança que é o maior dos males. Não será esta ignorância mais censurável, julgar que se sabe o que se não sabe?"
Platão, Apologia de Sócrates, 29b, tradução de Manuel de Oliveira Pulquério, Edições 70, Lisboa, 1997, p. 34.

Sunday, November 18, 2007

When the moon hits your eye
Like a big-a pizza pie
That's amore
When the world seems to shine
Like you've had too much wine
That's amore

Bells'll ring
Ting-a-ling-a-ling
Ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts'll play
Tippi-tippi-tay
Tippi-tippi-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool
Joost-a like pasta fazool
That's amore
When you dance down the street
With a cloud at your feet, you're in love
When you walk in a dream
But you know you're not dreamin', signore
'Scusami, but you see
Back in old Napoli, that's amore

Dean Martin Amore

Quando chega domingo,
faço tenção de todas as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida.

Há quem vá para o pé das águas
deitar-se na areia e não pensar...
E há os que vão para o campo
cheios de grandes sentimentos bucólicos
porque leram, de véspera, no boletim do jornal:
«Bom tempo para amanhã»...
Mas uma maioria sai para as ruas pedindo,
pois nesse dia
aqueles que passeiam com a mulher e os filhos
são mais generosos.

Um rapaz que era pintor
não disse nada a ninguém
e escolheu o domingo para se matar.
Ainda hoje a família e os amigos
andam pensando porque seria.
Só não relacionam que se matou num domingo!

Mariazinha Santos
(aquela que um dia se quis entregar,
que era o que a família desejava,
para que o seu futuro ficasse resolvido),
Mariazinha Santos
quando chega domingo,
vai com uma amiga para o cinema.
Deixa que lhe apalpem as coxas
e abafa os suspiros mordendo um lencinho que sua mãe lhe bordou,
quando ela era ainda muito menina...

Para eu contar isto
é que conheço todas as horas que fazem um dia de domingo!
À hora negra das noites frias e longas
sei duma hora numa escada
onde uma velha põe sua neta
e vem sorrir aos homens que passam!
E a costureirinha mais honesta que eu namorei
vendeu a virgindade num domingo
— porque é o dia em que estão fechadas as casas de penhores!

Há mais amargura nisto
que em toda a História das Guerras.


Partindo deste principio,
que os economistas desconhecem ou fingem desconhecer,
eu podia destruir esta civilização capitalista, que inventou o domingo.
E esta era uma das coisas mais belas
que um homem podia fazer na vida!

Então,
todas as raparigas amariam no tempo próprio
e tudo seria natural
sem mendigos nas ruas nem casas de penhores...

Penso isto, e vou a grandes passadas...
E um domingo parei numa praça
e pus-me a gritar o que sentia.
mas todos acharam estranhos os meus modos
e estranha a minha voz...
Mariazinha Santos foi para o cinema
e outras menearam as ancas
— ao sol como num ritual consagrado a um deus! —
até chegar o homem bem-amado entre todos
com uma nota de cem na mão estendida...

Venha a miséria maior que todas
secar o último restolho de moral que em mim resta;
e eu fique rude como o deserto
e agreste como o recorte das altas serras;
venha a ânsia do peito para os braços!

E vou a grandes passadas
como um louco maior que a sua loucura...
O rapaz que era pintor
aconchegou-se sobre a linha férrea
para que a morte o desfigurasse
e o seu corpo anónimo fosse uma bandeira trágica
de revolta contra o mundo.
Mas como o rosto lhe estava intacto
vai a família ao necrotério e ficou aterrada!
Conheci-o numa noite de bebedeira
e acho tudo aquilo natural.

A costureirinha que eu namorei
deixava-se ir para as ruas escuras
sem nenhum receio.
Uma vez que chovia até entrámos numa escada.
Somente sequer um beijo trocámos...
E isto porque no momento próprio
olhava para mim com um propósito tão sereno
que eu, que dela só desejava o corpo bem feito
me punha a observar o outro aspecto do seu rosto,
que era aquela serenidade
de pessoa que tem a vida cheia e inteira.
No entanto, ela nunca pôs obstáculo
que nesse instante as minhas mãos segurassem as suas.
Hoje encontramo-nos aí pelos cafés...
(ela está sempre com sujeitos decentes)
e quando nos fitamos nos olhos.
bem lá no fundo dos olhos,
eu que sou homem nascido
para fazer as coisas mais heróicas da vida
viro a cabeça para o lado e digo:
— rapaz, traz-me um café...

O meu amigo, que era pintor,
contou-me numa noite de bebedeira:
— Olha, quando chega domingo,
não há nada melhor que ir para o futebol...
E como os olhos se me enevoassem de água,
continuou com uma voz
que deve ser igual à que se ouve nos sonhos:
— .... no entanto, conheço um homem
que ia para a beira do rio
e passava um dia inteirinho de domingo
segurando uma cana donde caia um fio para a água...
... um dia pescou um peixe,
e nunca mais lá voltou...

O pior é pensar:
que hei-de fazer hoje, que toda a gente anda alegre
como se fosse uma festa?...
O rapaz que era pintor sabia uma ciência rara,
tão rara e certa e maravilhosa
que deslumbrado se matou.

Pago o café e saio a grandes passadas.
Hoje e depois e todos os dias que vierem,
amo a vida mais e mais
que aqueles que sabem que vão morrer amanhã!

Mariazinha Santos,
que vá para o cinema morder o lencinho que sua mãe lhe bordou...
E os senhores serenos, acompanhados da mulher e dos filhos,
que parem ao sol
e joguem um tostão na mão dos pedintes...
E a menina das horas longas e frias
continue pela mão de sua avó...
E tu, que só andas com cavalheiros decentes,
ó costureirinha honesta que eu namorei um dia,
fita-me bem no fundo dos olhos,
fita-me bem no fundo dos olhos!

Então,
virá a miséria maior que todas
secar o último restolho de moral que em mim resta;
e eu ficarei rude como o deserto
e agreste como o recorte das altas serras:
e virá a ânsia do peito para os braços!

Domingo que vem,
eu vou fazer as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida!


DOMINGO - Manuel da Fonseca

Saturday, November 17, 2007

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

Soneto de amor - José Régio

Thursday, November 15, 2007

I get along without you very well
Of course, I do
Except when soft rains fall
And drip from leaves
Then I recall
The thrill of being sheltered in your arms
Of course, I do
But I get along without you very well

I've forgotten you just like I should
Of course, I have
Except to hear your name
Or someones laugh that is the same
But I've forgotten you just like I should

What a guy
What a fool am i
To think my breaking heart
Could kid the moon
Whats in store
Should I fall once more
No, its best that I stick to my tune

I get along without you very well
Of course, I do
Except perhaps in spring
But I should never think of spring
For that would surely break my heart in two


Hoagy carmichael



Wednesday, November 14, 2007

You're the night, Lilah. A little girl lost in the woods.
You're a folk tale, the unexplainable

You're a bedtime story. The one that keeps the curtains closed.
I hope you're waiting for me cause I can make it on my own.
I can make it on my own.

It's too dark to see the landmarks. I don't want your good luckcharms.
I hope you're waiting for me across your carpet of stars.
You're the night, Lilah. You're everything that we can't see.
Lilah, you're the possibility.

You're the bedtime story. The one that keeps the curtainsclosed.
And I hope you're waiting for me cause I can make it on my own.
I can make it on my own.

Unknown the unlit world of old. You're the sounds I never heardbefore.
Off the map where the wild things grow. Another world outside mydoor.
Here I stand I'm all alone. Drive me down the pitch black road.
Lilah you're my only home and I can't make it on my own.

You're a bedtime story. The one that keeps the curtains closed.
And I hope you're waiting for me cause I can make it on my own.
I can make it on my own.

You're the paint can falling off the wall at the door that slamsat the end of the hall where the kid rings sounds of basketball.The battle of the earth of the angels. The shifting snow driftsso realistic, so realistic - call you carpet of stars. See thereis something in the yard. It's awful dark. With the paintedstrings, the cross, the good luck charm, the prayer, the extralayer. The group ???...

The night - Morphine

Thursday, November 8, 2007

Quando eu vou parar e olhar pra mim?
Ficar de fora
E olhar por dentro
Se eu não consigo
Organizar minhas idéias
Se eu não posso
Se eu esqueço de mim?

Eu pensei que fosse forte
Mas eu não sou

Quando eu vou parar pra ser feliz?
Que hora?
Se não dá tempo
Se eu não me encontro
Nos lugares onde eu ando
Nem me conheço
Viro o avesso de mim

Se eu não sei o que é sonhar
Faz tanto tempo
Tanto mar
E o meu lugar
É aqui!

Uma rua atravessada em meu caminho
Nos meus olhos
Mil faróis
Preciso aprender a andar sozinho
Pra ouvir minha própria voz
Quem sabe assim
Eu paro pra pensar em mim?

Ana Carolina

Sunday, November 4, 2007

"Sabes, tenho “terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo. Mal de te amar neste lugar de imperfeição onde tudo nos quebra e emudece, onde tudo nos mente e separa.

A receita do nosso amor foi simples: descobrimos a vontade de derrubar muros e a teimosia de não os deixar erguer contra nós. Sorrateiros, ao saberem-nos menos vigilantes, depositavam uma pedra aqui e outra além. Somavam depois outra.

Nos dias em que amar é hino – nem todos servem para viver o amor – o calor das minhas nas tuas mãos, o mergulho do teu olhar nos meus, limpa de escolhos o prado verde em que os nossos corpos se inventam no bailado da entrega.

Lembro-me de te dizer que tenho palavras proibidas – sempre e nunca. Que nos dias pobres em gosto pelo que sou, o amor que sinto esmorece. Porque olhei através do microscópio para dentro e para trás do presente. Foquei a objectiva para fracções ínfimas de vida e distraí-me do todo. Porém, foi com tinta invisível que tatuámos este amor. E ninguém soube ou viu a nossa pele marcada irreversivelmente.”

De ti já nada sei. Ou quero saber. E tu de mim. O acaso cruzou-nos há dias. Ido o amor. A pele marcada. Ainda."


http://sempenisneminveja.weblog.com.pt/

Saturday, November 3, 2007

Each time I see a crowd of people
Just like a fool I stop and stare
It's really not the proper thing to do
But maybe you'll be there
I go out walking after midnight
Along the lonely thoroughfare
It's not the time or place
To look for you
But maybe you'll be there
You said your arms would always hold me
You said your lips were mine alone to kiss
Now after all those things you told me
How can it end like this
Someday if all my prayers are answered
I'll hear a footstep on the stair
With anxious heart
I'll hurry to the door
And maybe you'll
Be there

Gordon Jenkins

Friday, November 2, 2007

"com o teu tão extenso email fiquei a saber que, afinal, viste-me sempre como um monstro. parece que desenvolvo pernas a partir das orelhas e braços no umbigo. fico quieto. tenho uma caverna de monstro onde posso rugir sem te incomodar. ficarei a comer comida de monstro e a matar o amor de monstro que tinha por ti, até poder sair de novo para um destino de monstro a que não poderei escapar"

By Valter Hugo Mãe
http://casadeosso.blogspot.com/