Wednesday, August 29, 2007
Soñé que la nieve ardía
Y por soñar lo imposible
Soñé que tú me querías.
(Anónimo)
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
Sonhei que ela corava
Quando me via
Sonhei que ao meio-dia
Havia intenso luar
E o povo se embevecia
Se empetecava João
Se emperiquitava Maria
Doentes do coração
Dançavam na enfermaria
E a beleza não fenecia
Belo e sereno era o som
Que lá no morro se ouvia
Eu sei que o sonho era bom
Porque ela sorria
Até quando chovia
Guris inertes no chão
Falavam de astronomia
E me jurava o diabo
Que Deus existia
De mão em mão o ladrão
Relógios distribuía
E a policía já não batia
De noite raiava o sol
Que todo mundo aplaudia
Maconha só se comprava
Na tabacaria
Drogas na drogaria
Um passarinho espanhol
Cantava esta melodia
E com sotaque esta letra
De sua autoria
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai
Sonhei que tu me querias
Soñé que el fuego heló
Soñé que la nieve ardía
Y por soñar lo imposible, ay, ay
Soñé que tú me querías
Outros Sonhos - Chico Buarque
Sunday, August 19, 2007
"O nosso medo mais profundo
não é o de sermos inadequados.
O nosso medo mais profundo
é que somos poderosos
além de qualquer medida.
É a nossa luz,
não as nossas trevas,
que mais nos apavora.
Nós nos perguntamos:
Quem sou eu para ser:
Brilhante...
Maravilhoso...
Talentoso...
Fabuloso...
Na realidade
quem é você
para não ser?
Você é filho do universo.
Se você se fizer de pequeno
não ajuda o mundo.
Não há iluminação
em se encolher,
para que os outros
não se sintam inseguros
quando estão perto de você.
Nascemos para manifestar
a glória do Universo
que está dentro de nós.
Não está apenas
em um de nós:
ESTÁ EM TODOS NÓS!
E conforme deixamos
nossa própria luz brilhar,
inconscientemente
damos às outras pessoas
permissão para fazer o mesmo.
E conforme nos libertamos
do nosso medo,
a nossa presença,
automaticamente,
liberta os outros."
Wednesday, August 15, 2007
Cm7 F7/13
La mujer que al amor no se asoma
Bb7+ G7
No merece llamarse mujer
Cm7 Cm7/b5
Es cual flor que no esparce su aroma
Bb7+ G7(#5)
Como un leño que no sabe arder
Cm7 F7/13
La pasión tiene un mágico idioma
Bb7+ G7
Que con besos se debe aprender
Cm7 D#m7 Bb7+ G7
Puesto que una mujer que no sabe querer
C7 F7
No merece llamarse mujer
Bb7+ Gm7 Cm7 F7 Dm7 G7(#5)
Una mujer debe ser / Soñadora, coqueta y ardiente
Cm7 D#m7 Bb7+ G7
Debe darse al amor / Con frenético ardor
Cm7 F7/13 Bb7+
Para ser una mujer
Ahora que se afierra a la vida
Ahora su alma comienza a nacer
Puesto que una mujer que no sabe querer
No merece llamarse mujer
Una Mujer - Paul Misraki / Pondal Ríos / Olivar
por Adriana Calcanhotto
Wednesday, August 8, 2007
Agosto azul
"São quase sete da tarde e o meu relógio está atrasado. Estes fins de tarde de Agosto são um momento de pacificação. As manhãs são de muita actividade e as tardes de muito sofrimento porque tento trabalhar e não consigo. Tento falar com os amigos ao telefone, mas tenho medo que estejam de férias. Agosto é um Domingo prolongadíssimo. E o Domingo é, para mim, o pior dia da semana. Fisicamente tenho sido forte e psiquicamente frágil. A minha mãe achava que eu era uma planta. E, para o meu pai, eu devia ter sido um rapaz e médico. Os meus pais tratavam-me quase sempre pelo Zé. "O meu Zé" dizia a minha mãe mesmo quando eu tinha 34 anos. E continuaria a dizer hoje se não tivesse morrido. As memórias são um moinho. Moem, roem. As águas passadas movem este moinho estranho, este besouro metido na cabeça, nas células. Mas como diz Péguy não é nada tarde para pensar no amanhã. Às vezes Deus esconde-se ou eu não dou por ele. Acho que é uma falha minha, uma quebra de atenção."
By Adília Lopes