Friday, January 18, 2008

O poder do encontro
desencaixa o corpo de um eixo
porque tem música a escorrer das bocas
e línguas de fogo a incendiar as mãos.

é uma orquestra de pulso
em que o sangue cresce em contralto
e dá laçadas ao sopro do pescoço.

e dá uma vontade de envolver a pele num lume acima das cabeças
e sentirmo-nos dentro e fora do olhar
como se a fusão fosse o núcleo químico da força dos homens.

Tomamos Café? de José Miguel Vitorino

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